O que é?

O conceito de Intervenção Precoce não é fechado tendo diferentes perspectivas defendidas por vários autores.

Bailey e Wolery definem a Intervenção Precoce como algo que abrange serviços de educação especial e afins, destinados às criaças de idades precoces e de idade pré-escolar com necessidades educativas especiais e suas familias.

Já Dunst e Bruder (2002) consideram que a intervenção precoce diz respeito aos serviços, apoios e recursos necessários para responder às necessidades de todas as crianças que recorrem aos programas, incluindo actividades e opoprtunidades que incentivam a aprendizagem e o desenvolvimento da criança. Diz respeito também aos serviços, apoios e recursos proporcionados às famílias para que estas tenham um papel activo no processo de intervenção à criança.

 

Alguns autores relacionam também o conceito com o modelo ecológico de Bronfenbrenner pois, todos os agentes da sociedade vão ter influência, interferindo na vida da criança. 

 

Como podemos ver na figura acima, a criança é o centro e os agentes rodeiam-na conforme o grau de próximidade/"importância" na vida da mesma.

A figura seguinte dá-nos alguns exemplos dos intervenientes em cada sistema.

Seguidamente temos um exemplo de utilização do modelo, representando as relações existentes entre os diversos níveis.

 

Antes da década de 60 o modelo de desenvolvimento era espelho de um ambiente passivo e de uma biologia activa. O problema é contínuo e estabelecido (Sameroff, 1975; 1988).

Na prática, existe intervenção orientada pelo modelo médico, um baixo envolvimento parental e a institucionalização das crianças com NEE. Isto acontece devido ao contexto social caracterizado por problemas sociais graves relacionados com a pobreza, (i)migraçõesm isolamento rural, problemas raciais, desaparecimentos de família alargada, entre outros. (Oudenhoven, 1989), pois é sempre a economia que traz as revoluções de mentalidades e não o oposto.

A década de 60 trouxe muitos avanços para a Educação na primeira infância:

surge o movimento de combate aos efeitos adversos da probreza, traduzido numa filosofia de Educação Compensatória.

É aqui que nasce o HeadStart, nos EUA, com o intuito de combater a desvantagem socio-económica. Este é um programa criado, em conjunto, por vários ministérios e que oferece educação, serviços abrangentes que envolvem os pais, da saúde, da nutrição, às crianças cujos famílias possuem baixos rendimentos.

As práticas envolvem o modelo médico para uma oferta de serviços nos domínios da educação, saúde e social.

Intervenção Precoce em Portugal

A Intervenção Precoce em Portugal teve a sua primeira tentativa nas primeiras idades, para crianças cegas nos anos 60 mas, com o ministro Rebelo de Sousa, esta experiência não foi avante. Esta surge novamente por volta dos anos 80, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, com serviços de Intervenção Precoce .

Assim, nos finais dos anos 80 e sobretudo nos anos 90 o modelo de Intervenção Precoce toma um rumo bastante razoável com a aprovação das agências internacionais e de outras organizações que consideraram este modelo aceitável.

Em 1999, surge o Despacho Conjunto 891/99 (para transferência no separador "Legislação"), dos Ministérios da Educação, Saúde, do Trabaho e Segurança Social, ditando as "Orientações Reguladoras" para a intervenção precoce.

 

 

 


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